quinta-feira, 29 de novembro de 2007

AMBIENTE – O NASCER DE UM ESTÚDIO


A concepção de um espaço, onde músicos e amigos pudessem trocar experiências de vida, era para mim, um sonho a realizar...

Criar um ambiente onde a mística fluísse por si própria e onde o espaço e o tempo não constituíssem uma barreira, é o esforço de anos de dedicação...

Mas “No fundo do Tempo”, descobri um segredo...

“Quando a arte nasce cheia de sentimentos,
Quando os obstáculos são mais que os caminhos abertos,
Quando a luta não morre e continuamos despertos,
Cantaremos mais alto, espantaremos lamentos...

E enquanto sonharmos, voaremos alto...
Nunca cairemos no rio de asfalto
Então enterraremos os nossos tormentos...”

David Reis - Nov2007

A COMPOSIÇÃO – O IMPROVISO


Na sonoridade de In Tempus estão bem patentes as técnicas de improviso usadas na gravação de “Luna Sapiens”.

A base instrumental foi meticulosamente construída para deixar espaços propícios ao improviso.

Esses espaços foram preenchidos á medida que o projecto evoluía, de forma a que todos os músicos tivessem os seus momentos de puro prazer.

Nesses momentos, os músicos eram chamados a soltar a sua alma.

Sem nunca terem escutado a base instrumental, a música começava a fluír nas suas veias num estado puro e sentido.

A captação foi feita sem que os músicos soubessem que estavam a gravar.

Assim, momentos efémeros tornaram-se eternos...

Esta é a alma deste projecto...

terça-feira, 27 de novembro de 2007

REVIEWS - ELEGY IBÉRICA


REVIEWS - FÉNIX WEBZINE

In Tempus é um projecto que foi formado em 2003 por David Reis (ex-guitarrista de Phantom Vision) e que inclui Pedro Morcego (Phantom Vision), Jorge Oliveira (Secrecy), André Ventura (Roncos Do Diabo), Elisabete Barros, Pedro Antunes, entre outros. A música dos In Tempus vai beber tanto à música tradicional Portuguesa como à música de origem medieval e ao Gótico, transportando-nos no tempo até outras eras, neste território hoje apelidado de Portugal, às antigas tradições e heranças Lusas, através de poesia, cânticos, mas sempre com uma toada intervencionista. Uma espécie de “Cantigas de Escárnio e Maldizer” do século XXI. Para levar a cabo esta tarefa utilizaram instrumentos acústicos e tradicionais como a guitarra Portuguesa e clássica, piano, além dos habituais instrumentos do formato de banda (guitarra eléctrica, baixo, bateria), aliados a uma componente electrónica. Existe no entanto uma certa dicotomia tradição / progresso, o que se consegue através dessa fusão de elementos tradicionais e instrumentos acústicos com elementos modernos (electrónica). Gostei do que ouvi, mas torna-se um pouco monótono a partir do meio do disco. Falta qualquer coisa, não sei o quê! Ainda assim, uma boa aposta que pode agradar a apreciadores de música tradicional Portuguesa, Folk e Gótico. Uns pontos acima do projecto Megafone e do que João Aguardela tentava fazer nessa altura. Não é uma obra-prima imaculada, mas a ideia é bem-vinda neste mar de marasmo que é a música Portuguesa hoje em dia; e um segundo disco irá confirmar se o projecto tem pernas para andar, ou se irá ficar apenas por este registo.

REVIEWS - A TROMPA

"Luna Sapiens" marca a estreia dos In Tempus, um colectivo de Almada nascido em 2003 encabeçado pelo antigo guitarrista dos Phantom Vision, David Reis e pelo seu actual vocalista e programador Pedro Morcego. O conceito mistura as novas possíbilidades da electrónica com as possibilidades de sempre do instrumento acústico.

REVIEWS - NO BLOG "INFINITO'S"

Dia Mundial da Música
Independentemente de se concordar com a efeméride ou não (todos os dias são de tudo e de nada), resolvi assinalar a data, que hoje se comemora, dando destaque a um grupo almadense que muito aprecio: os "IN TEMPUS", de quem tomei a liberdade de escolher uma música ("Bailia", do álbum "Luna Sapiens"… uma verdadeira pérola) para sonorizar o vídeo «A ponte é uma passagem…»:

REVIEWS - GOTHNEWS

In Tempus "Luna sapiens" (Thisco)
Gli IN TEMPUS nascono nel 2003 come progetto parallelo dei Phantom Vision per volere da David Reis e Pedro Morcego, rispettivamente guitarra e voce dei Phantom Vision stessi. La musica contenuta in questo primo album di del combo lusitano, “Luna sapiens”(Thisco), si può definire come un crossover di darkwave, medieval e musica tradizionale portoghese. Se siete stanchi della solita minestra goth riscaldata, gli In Tempus potrebbero fare per voi. TRACKLIST: : n/d.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

IN TEMPUS - OS MÚSICOS

Os músicos que fazem ou fizeram parte do projecto, desde a sua concepção até aos dias de hoje.
Aqueles que deram alma á música e corpo ao palco...

David Reis (ex. Trauma; ex. Phantom Vision; Saphira; Manifesto) – Voz, concepção ritmica e melódica, guitarras, percussões, baixo e instrumentos adicionais.
Pedro Morcego (ex. Coyotes; ex. Out of Dark; Phantom Vision; A Teia) – Programações e Baixo.
Jorge Oliveira (ex. Secrecy; ex. Navajo; OZ Project) – Programações, Pianos e Sintetizadores.
Pedro Antunes – Guitarras, Guitarra Portuguesa.
Elisabete Barros – Voz
António Boieiro (ex. Incesto; ex. Presságio; ex. Doce Cicuta; ex. Poetry of Shadows; The Withness) – Voz e Percussões.
Mário Amora – Guitarras Clássica, Folk e Eléctrica (ex. João C Nome; participações com vários artistas nacionais)
André Marques (ex. Dr. Frankenstein; Dispatch Note) – Bateria e Percussões.
André Ventura (ex. Gaitafolia; Roncos do Diabo) – Instrumentos de sopro e Gaita de Foles.
Lavínia Roseiro (Dispatch Note; Tearful) – Baixo e Vozes.
Orlando - Bateria.

AS LETRAS - NUVENS DO PASSADO



DEVANEIO, POR ENTRE NUVENS DO PASSADO...

ROSTOS INCONFORMADOS,
DEIXAM FUGIR-LHES DAS MÃOS...
E ESQUECEM O PASSADO,
LEGADO DE SEUS IRMÃOS...

UMA ESCÓRIA DESNORTEADA,
OUSOU CHAMAR-ME IRMÃO...
E DESAPARECEU NA NÉVOA,
DEIXANDO RASTOS NO CHÃO...

AS LETRAS - PRESENTES ENVENENADOS


NAVEGO EM RIOS DE TERNURA,
TRAGO PRESENTES ENVENENADOS,
LIBERTO-OS EM LOUCURA...

E TODOS OS MEUS DEVANEIOS,
FAZEM-ME SEGUIR EM FRENTE,
LUTAR SÓ COM TODO O MUNDO,
EMBRENHADO NUM MAR DE GENTE....

E TODOS OS ABRAÇOS,
QUE ENCHEM MEU CORAÇÃO...
DESFAÇO-OS EM MIL PEDAÇOS,
QUE SE ESPALHAM PELO CHÃO...

AS LETRAS - SIGNATUS (escrito no dialeto cherokee)



T’ si T’ sa waya
T’ si T’ sa lagy

Gali Kawy
Ani Waya
Ane’ Ga

Ge’ Ga
(dedicado ao Lobo Ibérico)

AS LETRAS - NO FUNDO DO TEMPO


Sento-me a pensar
Escrevo linhas de cor.
Acordo a sonhar
Com histórias de amor...

E no fundo do tempo,
Vôo no pensamento...

Deito-me no chão,
Divago a dormir...
Nesta escuridão,
Há portas por abrir...

E no fundo do tempo,
Sonho em pensamento...

AS LETRAS - DANÇAS COM A CHUVA...POESIA


Danço com a chuva,
Apago o meu destino...

Quando o corpo cai na neve perdida
Toda a guerra se desfaz vencida...
Já não sinto mais o que sentia,
Nesta alma, podre... poesia...
Nua, dura, pura...
Na Terra, desvanecida de Homens sem garras, sem medo...
O terror que vence o poder, de te ter... Só para mim...

A Terra alimenta-me o corpo,
A Água cai em desalinho,
E a poesia...
O Fogo incendeia-me o espírito,
E a poesia...
O Ar controi-me um caminho...
E a poesia... E a poesia... E a poesia...

Já vencido, ainda caminho...
Já perdido, ainda escrevo...
Já sem força, ainda tento combater...
E a poesia... E a poesia... E a poesia... E a poesia... E a poesia...

Danças com a chuva,
Que soa baixinho...

Rendo-me aos tormentos, desta Terra banal,
Desta gente com medo, desta gente com medo...
Deste negredo, que me enche o coração...
E deixa-me podre, podre... Só...
E A POESIA!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

OZ PROJECT REMISTURA IN TEMPUS


No corrente mês de Novembro de 2007, o músico Jorge Oliveira (In Tempus e OZ Project), remistura o tema "No Fundo do Tempo".

O tema com raíz no Fado, é brilhantemente remisturado recebendo uma capa electrónica.
Conhecedor a fundo do projecto In Tempus, o Jorge conseguiu dar a este tema uma dinâmica e contrução diferente do original, tornando-o bastante atraente.
A re-construção deste tema atribuiu-lhe uma característica mais dançável.
Já está disponível no MySpace em www.myspace.com/intempus

AS LETRAS - TERRA NUA



Nasci na Terra Nua...
Sem conseguir respirar,
Detritos espalhados ao vento,
Infestando este lugar...

Quando abri,
Com os olhos vi...
Só, morri...
Não resisti...!!!

Minhas cinzas largadas ao vento...
Viver só. Por um momento...

AS LETRAS - DESERTO ESQUECIDO


Espíritos da Terra do Céu e do Mar,
Abram os sentidos ao meu chamamento, façam despertar...
Aqueles que o ódio, o sangue e a guerra teima em acordar,
Aqueles que sofrem, que lutam, que querem deixar de matar...

Corações em chamas, que um dia a alma o sangue apagou...
Naqueles que amam e pensam que a vida, o vento deixou...
Espíritos da Terra, do Céu e do Mar, ouçam quem gritou...
Que pediu ajuda, na Terra esquecida que o Mar não levou...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

AS LETRAS - BAILIA ( de Martin Codax )


Eno sagrado en Vigo,
Bailava corpo velido,
Amor hey...

En Vigo eno sagrado,
Bailava corpo delgado,
Amor hey...

Bailava corpo velido,
Que nunca houvera amigo,
Amor hey...

Bailava corpo delgado,
Que nunca houvera amado,
Amor hey...

Que nunca houvera amigo,
Ergas no sagrado en Vigo,
Amor hey...

Que nunca houvera amado,
Ergue en Vigo no sagrado,
Amor hey...

O ESTÙDIO - DRUÍDAS DO TEMPO



O projecto In Tempus está já em estúdio a preparar aquele que será o sucessor de "Luna Sapiens".

O próximo trabalho vai chamar-se "Druídas do Tempo". Deste trabalho, vamos retirar um tema que será em breve divulgado no nosso espaço no myspace.

A temática deste novo trabalho gira em volta do tempo e da forma como pode influenciar o nosso comportamento no meio que nos rodeia.

In Tempus vai continuar a percorrer um caminho que nos transporta á volta do mundo como é, e como gostaríamos que fosse...

E a nossa música... É o nosso mundo...

AS LETRAS - MEMORIAL


Caminhamos,
Sozinhos na encruzilhada da vida.
Olhares atrozes, miram-nos no escuro,
Em campos devassos,
Em campos devassos...
Marcamos a nossa trajectória de vida.

Memórias de um povo,
Que vê à distância, com olhares sagrados...

Em campos devastados,
Em campos devastados...

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

AS LETRAS - BALADA DA GUERRA FRIA


Os bombos tocam marchas de destruição...
Embrenhados até á alma, num mar de desilusão...
Navegamos em águas do passado...
Caminhamos sós, num rio de pecado...
Na tristeza, só eu estou...
Máguas que a água levou...
Constantes lutas, sede de poderio,
E o mundo, resta só e vazio...

AS LETRAS - MÁSCARAS

Não consigo acreditar,
No que me estão a mostrar...
As pessoas parecem perdidas,
Aos caídos, lado a lado.
Parece que foram vencidas,
Por um mal, desesperado...
Máscaras caídas no chão,
Mostram faces de traição...
Máscaras largadas ao vento,
Mães de filhos do relento...
E o olhar de apego,
Dos que á Terra se dão...
Não se rende ao segredo
E estende-lhe a outra mão...

LUNA SAPIENS - O DISCO


Há muito que se fala do poder da Lua sobre a vida.
A lua influencia o campo magnético do planeta alterando estados de espírito e comportamentos.
A sabedoria da Lua, "Lunae Sapientia" é passada de geração em geração numa alcateia.
Através da Lua, o Lobo assegura a unidade da alcateia.

"Luna Sapiens", a Lua sabedora.
A Lua que nos guia nos caminhos da consciência.
A Lua que não é de ninguém e que a todos influencia.
A Lua que reúne a alcateia á sua volta para cantar.

Um disco á descoberta de sonoridades contemplativas, etéreas mas com uma componente interventiva vincada. Um disco onde o Fado e os tambores tocam da mesma forma...

IN TEMPUS - O PROJECTO


O projecto In Tempus surge em Outubro de 2003.
A ideia nasceu de criar um conceito onde a música fosse mais que um mero elemento de escuta.
A defesa do património natural nacional tornou-se um valor a ter em conta.

O projecto, fez do Lobo Ibérico uma bandeira.
Esta espécie em vias de extinção, apaixonou-nos.

A nossa música, trabalha a música do mundo conjugada com a música tradicional portuguesa nas
suas mais diferentes formas. A utilização da Guitarra Portuguesa, Gaita de foles e Percussões Étnicas aliados a elementos electrónicos e rock faz de nós um projecto de referência.
A componente de alerta, intervenção e contemplação daquilo que nos rodeia transforma-nos em trovadores do acaso...